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Nicole Silveira troca o futebol pelo Skeleton e sonho olímpico

Atualizado: 26 de nov. de 2020

Brazilian Frost conversou com a atleta, que jogou vários esportes antes de se dedicar ao skeleton.


Nicole Silveira quer ser a primeira brasileira no skeleton olímpico (Foto: Acervo pessoal)


Do sul do Brasil às Olimpíadas. Esse é o sonho de Nicole SIlveira. Há 18 anos atrás ela se mudou para Calgary, no Canadá, com a família, mas não esqueceu o futebol. Jogou desde pequena até o universitário. Mas por um acaso acabou trocando o esporte da bola redonda pelo skeleton e a chance de disputar as Olimpíadas de Inverno.


Meu irmão jogava futebol. Eu sempre ia assistir aos jogos. Aí eu falei 'ah, quero tentar isso'. Tentei, me dei bem, gostei, comecei a jogar futebol e na escola, no ensino médio jogava vôlei e Ruby. Mas continuava sempre com o futebol fora da escola, em clube. Eu joguei por 10 anos”, afirmou a brasileira, que deixou o esportes pela dificuldade de manter a rotina de treinos e os estudos.



Nicole cursou faculdade de enfermagem. Neste ano de 2020, o mundo foi tomado por uma pandemia. Como profissional da saúde, a atleta brasileira trocou as pistas de gelo pelos hospitais. Mesmo durante a quarentena, ela continuou treinando e trabalhando, em busca do sonho olímpico. Mas essa rotina não é fácil e dificulta o desenvolvimento na nova modalidade.


Nicole Silveira divide o skeleton com a carreira de enfermeira (Foto: Acervo pessoal)

“Esse é o ponto difícil de achar treinador, que consiga trabalhar por volta da minha rotina. Eu acho que não existe esse tipo de enfermeira no Brasil, mas aqui eles chamam de casual, que eu não tenho horas certas, então eu dou a minha disponibilidade e eles marcam de acordo com isso o que eles tem disponível. Aí eles podem me ligar pedindo pra eu trabalhar hoje a noite e eu digo sim ou não. Então como eu não trabalho por 6 meses do ano por conta de estar viajando, eu tento trabalhar ao máximo possível no verão, quando eu estou em casa”, explicou a brasileira.



"Então, basicamente, quando eu não estou trabalhando eu coordeno os meus treinos .Em duas semanas eu sei, mais ou menos, o meu horário de trabalho, só que eles podem chamar antes. Então a gente programa a semana e se alguma coisa mudar eu tento mudar minha rotina de treino", completou.



A carreira nos esportes de inverno começou ao acaso para Nicole. Um antigo colega encontrou com ela em seu trabalho, no verão de 2017, e convidou ela para participar do time brasileiro de bobsled. Por pouco elas não conseguiram a classificação para as Olimpíadas de 2018. Mesmo sem a vaga, a CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo) convidou Nicole para fazer parte do início do projeto do time de skeleton.

Com grandes chances de ser a primeira atleta brasileira a representar o Brasil na modalidade em uma Olimpíada de Inverno, Nicole tem chamado atenção. Em 2019, foi eleita a atleta de esportes de inverno do ano, no prêmio Brasil Olímpico.


“Foi de surpresa. Eu lembro que eu estava nos Estados Unidos treinando e meu celular começou a tocar, um monte de mensagem. Aí eu não tinha visto até terminar o treino aí quando eu olhei eu vi. Eu nem sabia, na verdade, que isso era um evento e foi que o presidente da confederação veio conversar e falou que isso é muito legal e tal”, confessou.







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